domingo, 6 de junho de 2010

Olhe para os ouvintes


Com a comunicação visual, você atingirá dois objetivos: receberá o retorno do comportamento do público e valorizará a presença dos ouvintes.
Quando você olha para as pessoas, percebe, pelas reações delas, se estão entendendo, concordando com seu ponto de vista ou assimilando a mensagem. Se você notar qualquer tipo de desinteresse do público, alguma discordância ou dificuldade de entendimento nas informações, será possível modificar sua atitude, adaptando a mensagem para reconquistar a atenção e o interesse dos interlocutores. Imagine-se em uma palestra. Se você não olhar para o audítório, não será possível descobrir como o público está reagindo e que tipo de alteração você deverá fazer. Essa deve ser uma preocupação frequente na comunicação do advogado,pois, se não perceber a reação dos ouvintes e não adaptar a mensagem diante da nossa circunstância, sua apresentação poderá ser prejudicada.
O outro objetivo da comunicação visual é valorizar os presentes, de forma que se sintam prestigiados. Se eles não perceberem a sua comunicação visual, poderão sentir-se alheios àquele ambiente e se comportar como se a mensagem não lhes estivesse sendo dirigida.
Se estiver ministrando uma palestra, ou falando em público em qualquer outra circunstância, ao olhar para a platéia, não se apresente com aquele brilho nos olhos característico de quem está lendo um papel na própria mente. Tambem não olhe rápido demais de um lado para o outro, pois não conseguirá enxergar as pessoas, nem olhe com aquele jeito desconfiado, girando apenas os olhos, sem mover a cabeça.
"Olhe" com o corpo todo para os ouvintes, isto é, ao olhar para as pessoas que estão sentados à esquerda, gire o tronco e a cabeça para esse lado da platéia, deixando que todos percebam que você está com os olhos voltados nessa direção. Ao olhar para as pessoas que estão sentadas à direita, proceda da mesma forma.
O fato de girar o tronco e a cabeça para ver o auditório, além de permitir o retorno, sabendo como as pessoas estão reagindo à apresentação, e de prestigiar a presença dos ouvintes, que percebem com essa atitude o seu contato visual, torna possível a conquista de um terceiro objetivo: com a movimentação, você irá quebrar a rigidez da postura, e a flexibilidade do tronco deixará mais natural o seu posicionamento.
Olhe para todos os lados do auditório: para as pessoas que estão sentadas na frente, no centro e na parte de trás da platéia.Durante toda a apresentação fique atento ao público para que este perceba o interesse que você tem.
Não se desespere se, por acaso, alguém sair no meio da apresentação ou cochilar enquanto você estiver falando. Esses fatos podem ocorrer com a comunicação de qualquer advogado e raramente estão relacionados com o seu desemprenho. Alguém pode cochilar devido a uma noite maldormida ou sair da sala forçado por um compromisso inadiável. Mantenha sempre a calma e preocupe-se com o comportamento geral do auditório, não com uma ou outra atitude isolada.

Os dois maiores erros da gesticulação


Entre todos os erros que poderiam ser apontados na gesticulação dos advogados, os dois maiores são:

- A ausência de gestos;
- O excesso de gesticulação.

A ausência de gestos

O corpo participa ativamente no processo de comunicação, e os seus movimentos auxiliam no transporte da mensagem. Por isso, se você não usar os gestos ou ficar imóvel ao falar, não estará aproveitando um dos recursos mais valiosos que tem à disposição.


O excesso de gesticulação

O excesso de gesticulação é ainda mais grave do que a sua falta, especialmente na comunicação de um advogado. Se você não gesticular, mas comunicar uma mensagem interessante, os ouvintes conseguirão seguir o desenvolvimento do seu raciocínio e assimilar as informações. Se, entretanto, você falar com excesso de gestos, mesmo que o conteúdo seja bom, os movimentos exagerados dos braços poderão desviar a concentração dos ouvintes e até dificultar o entendimento da mensagem.

A nossa voz, uma desconhecida


Geralmente, não gostamos de nossa voz quando a ouvimos reproduzida em uma gravação. Quando uma pessoa ouve sua própria voz gravada, além de não gostar, estranha tanto o som que costuma até afirmar que não é ela quem está falando ou coloca em dúvida a qualidade do gravador.
Temos essa opinião porque, quando falamos, ouvimos o som da voz dentro de nossa cabeça com toda a ressonância produzida pelos ossos. Entretanto, as outras pessoas e, obviamente, o gravador captam a vibração de uma onda de ar, isto é, um som diferente daquele que estamos acostumados a ouvir.
Com o tempo, a pessoa vai se familiarizando com o som da própria voz gravada e passa a aceitá-la com naturalidade.

Pronuncie bem as palavras


Tenho observado que, quase sempre, os advogados pronunciam mal as palavras por simples negligência. Como conseguem ser compreendidos pelos familiares e por outras pessoas de seu relacionamento mais próximo, como outros advogados com quem durante anos trabalham no mesmo escritório, acomodam-se e passam a omitir sons de sílabas e até de palavras inteiras.
Pronunciando corretamente as palavras você atingirá dois objetivos:

1) Será mais bem compreendido

Pronunciando corretamente as palavras, você será mais bem compreendido pelos ouvintes. Um dos motivos da desatenção das pessoas é a dificuldade para compreender a mensagem por causa da dicção defeituosa. Se você tiver boa pronúncia, os ouvintes não precisarão fazer esforço para compreendê-lo e poderão acompanhar suas informações com mais interesse.

Ouço com frequencia advogados reclamando da suposta desatenção dos juizes de instancias superiores. Dizem que, por mais bem embasada que seja sua fundamentação jurídica, ao fazerem a sustentação oral de suas peças,não são ouvidos. Muitos desses advogados, entretanto, se expressam com dicção tão defeituosa que seria difícil algúem sentir prazer em ouvi-los, tratando-se ou não de um juiz desse grau de jurisdição.

2) Aumentará sua credibilidade

Freud fez uma afirmação muito interessante: "O inconsciente de um ser humano pode reagir ao inconsciente de outro sem passar pelo consciente" .Alguns aspectos da nossa comunicação transmitem ao inconsciente dos ouvintes quem somos, que tipo de educação recebemos, qual a formação que tivemos. Por isso, normalmente somos julgados também pela forma como pronunciamos as palavras.Funciona como um importante subtexto na comunicação. Se você pronunciar as palavras de forma correta, poderá ser visto como um advogado bem preparado, com boa formação, ou identificado como alguém que conviveu com pessoas de bom nível.
Então se a boa dicção identifica essa imagem de uma pessoa bem preparada, indiretamente também poderá aumentar sua credibilidade como profissional, pois, se você é bem formado e tem um bom preparo, supõe-se que deva ser um advogado competente.

Falando em público


Nem todos tem aquela facilidade para comunicar-se diante do publico,até mesmo em sala de aula quando vemos uma equipe se apresentar,ficamos nos imaginando quando for nossa vez...

Portando,darei algumas dicas essenciais para chegar la na frente e fazer valer seu esforço.

1)Conhecimento e autoridade sobre o assunto

Conheça o assunto que será abordado,estude com antecedencia,durante o maior tempo possivel,somente assim você poderá chegar la na frente com firmeza na voz,dominando o assunto.
Lembre-se de que, se você falar sobre assuntos fora de seu campo de conhecimento, por melhor que seja a qualidade de sua comunicação, corre o risco de ser visto apenas como um presunçoso e desqualificado para a função.

2) Confiança

Nós Herdamos esse mecanisco de defesa.Hoje, quando sentimos medo,sofremos uma descarga de adrenalina para que possamos nos movimentar mais depressa, enquanto ela vai sendo metabolizada. só que, no caso do falar em publico, ou até mesmo em situações mais reservadas, como diante do juiz, o advogado sente medo, sofre essa descarga de adrenalina - para que possa se movimentar mais rapido durante a "fuga" -, mas não pode fugir. Por isso, a adrenalina permanece um tempo maior no organismo e provoca a confusão que todos conhecemos: as pernas tremem, as mãos suam, o coração bate mais forte, a voz enrosca na garganta e até os pensamentos maravilhosos que eram tão claros antes de falar desaparecem nessa circunstâncias.

Agora que entendemos o mecanismo do medo, fica mais simples compreender as suas causas na hora de falar em público.
São três os motivos do medo de falar em público.

A) Falta de conhecimento sobre o assunto

Se você não conhecer todos os detalhes do processo em que está envolvido, durante a apresentação estará sempre seguindo por um caminho desconhecido, com receio de esquecer algum dado importante ou até de que apareçe uma questão para a qual não teria resposta apropriada. temendo que esse fato possa mesmo ocorrer, entra em funcionamento o mecanismo do medo e, como consequência, a descarga de adrenalina para "proteger" você.

Portanto, se o estudante não tiver ou não demonstrar confiança ao falar, poderá indicar essa falta de segurança pelo desconforto, pela hesitação, pelo nervosismo ao se apresentar. Por isso é tão importante combater o medo de falar.

B) Falta de prática no uso da palavra em público

Se você não tiver experiência no uso da palavra nas situações que um advogado precisa de apresentar, estará desenvolvendo uma atividade desconhecida diante das pessoas e, muito provavelmente, ficará temeroso de fazer mal esse trabalho, pois, se não se sair bem, sua imagem tambem poderá ser prejudicada. Com receio de que o resultado possa ser esse, mais uma vez entra em funcionamento o mecanismo do medo e, como consequência, a presença da adrenalina para "proteger" você.

C) Falta de autoconhecimento

Nós não nos conhecemos. Principalmente quando estamos diante de uma platéia é que não sabemos mesmo quem somos.
Temos internamente dois oradores distintos: um real e outro imaginado. O real é verdadeiro, aquele que as pessoas vêem, efetivamente. O imaginado é fruto da nossa imaginação, aquele que nós pensamos que as pessoas vêem quando falamos. Esse orador imaginando é construído principalmente pelos registros negativos que recebemos - os momentos de trizteza, de derrota, de cerceamento pelos quais passamos ao longo do da vida. esses registros formam uma auto-imagem negativa, distorcida, diferente da imagem verdadeira que possuimos.O orador imaginando se apóia nessa auto-imagem e, por isso, normalmente é também muito negativo, Como consequência ficamos com receio das críticas e julgamos que as pessoas estão censurando nossa apresentação. temendo estar passando por essa situação, ficamos com medo e, mais uma vez a adrenalina surge para nos "defender".

Então nobre estudante de Direito, estude e se envolva com antecedencia no assunto que será abordado.

Até a proxima.